sexta-feira, 12 de junho de 2009

Gripe suína: entenda como começou



A gripe suína ameaça se alastrar pelo mundo, num devastador efeito dominó, e deixa em alerta autoridades sanitárias de vários países, além da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da Organização das Nações Unidas (ONU), que vislumbram o risco de uma nova pandemia internacional.

A gripe suína é uma doença respiratória aguda dos porcos, que pode ser transmitida para criadores e tem capacidade de se propagar rapidamente. A epidemia teve início no México e, em poucos dias, já atingia os Estados Unidos, o Canadá, a Espanha e a Grã-Bretanha. Seus sintomas são similares aos da gripe comum, porém, mais agudos. Segundo o Ministério da Saúde, é comum o paciente apresentar uma febre repentina acima de 38 graus, acompanhada de problemas como tosse, dor de cabeça, dor nos músculos e nas articulações e dificuldade na respiração. Os sintomas podem ter início no período de três a sete dias após contato com o influenza A (H1N1).

O vírus da gripe suína é o influenza A (H1N1), novo subtipo do vírus da influenza, o causador da gripe. O subtipo se formou dentro do organismo suíno. Isso porque, assim como no ser humano, os vírus da gripe sofrem mutação contínua no porco, um animal que possui, nas vias respiratórias, receptores sensíveis aos vírus da influenza suínos, humanos e aviários. O organismo do porco funciona como um tubo de ensaio, combinando vírus e favorecendo o aparecimento de novos tipos. Esses vírus híbridos podem provocar o surgimento de um novo tipo de gripe, tão agressivo como o da gripe aviária e tão transmissível quanto o da gripe humana. Ainda uma novidade para o sistema imunológico humano, esse vírus poderia desencadear uma pandemia de gripe.

O mundo não deve se descuidar das medidas de alerta já empregadas para conter o avanço da gripe A, na esperança de que a aguardada vacina contra o vírus causador da doença vá resolver o problema a curto ou médio prazo. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), mesmo sendo uma prioridade, a vacina, que continua em fase de pesquisa, não deverá ser produzida em quantidade suficiente dentro de pouco tempo.

“É preferível continuar com a atual dinâmica de alerta, de ir em cima dos casos suspeitos, mesmo que ainda não confirmado por laboratórios. Bloquear [a transmissão da doença] com todas as medidas farmacológicas, tratar com os medicamentos adequados, isolar os pacientes e acompanhar as pessoas com quem eles tenham tido contato”, afirmou o gerente da Unidade de Prevenção e Controle de Doenças da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), Rubén Figueroa. De acordo com Figueroa, durante reunião realizada na Suíça, especialistas convocados pela OMS concluíram que ainda não há conhecimento científico suficiente para que os laboratórios dêem início à produção da vacina.


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