domingo, 4 de abril de 2010

Agora vai...

Depois de permanecer inativo por mais de um ano, o LHC, o maior acelerador de partículas do mundo, volta a recriar os fenômenos que sucederam ao Big Bang. Na última semana, depois de duas falhas elétricas, o Large Hadron Collider (LHC), a maior máquina concebida pelo homem, voltou a funcionar depois de permanecer em manutenção desde o Natal. Religada em novembro do ano passado, a supermáquina criada pela Organização Europeia para Pesquisa Nuclear (Cern) teve de passar por uma nova manutenção de poucos meses. Quando funcionou pela primeira vez, em setembro de 2008, teve um problema de superaquecimento que demandou mais de um ano de ajustes. Com uma extensão de 27 quilômetros e situado a 100 metros debaixo da terra, na periferia de Genebra, na Suíça, o LHC promete atingir limites nunca antes alcançados pela física.
O LHC é um acelerador de feixes de prótons hiperenergizados que atingem o equivalente a 99,9% da velocidade da luz. Com magnetos poderosos, os cientistas os obrigam a mudar de sentido, para, então, provocar um choque, do qual resultam restos de matéria e energia. A energia dos prótons postos em rota de colisão no LHC é de 3,5 teraelétrons-volt. No choque, a energia atinge 7 teraelétrons-volt, também metade da capacidade total.
Os experimentos no LHC podem também ajudar a encontrar tanto a matéria escura que molda o cosmos visível quanto o "bóson de Higgs" – que, na teoria, possibilitou o início da matéria. Além disso, eles podem corroborar uma intuição de Einstein. Embora não tivesse ferramentas para provar, o maior físico da história pensava que no início do universo as forças (eletromagnética, fraca, forte e gravitacional) agiam como uma só.

 
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